
A brutalidade e repetição das imagens com que hoje em dia estamos constantemente a ser bombardeados, e não estou a pensar no recente caso a Madeira, ou nele específicamente, faz-me pensar muitas vezes num texto que li do José Gil (outra vez!) e que sob o título "Como convém televiver", dizia a páginas tantas:
« ...E qual o tempo e o espaço desse mundo, e dessas imagens? são imagens de um perto que está longe, e de um próximo afastado no tempo. O directo oferece-nos o perto-longe da realidade das imagens: (...) mas o presente em directo (...) não coincide com o meu presente aqui, sentado diante da televisão.»
E o mais perturbante é que isto nada tem , para mim, de intrinsecamente egoísta...